Cem anos de falta de educação
POLITICA E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL Professora Maria Clara Di Pierro
Nome: Alex Sandro Machado da Silva
N° USP: 612681 Data: 06/10/2009
Resenha: Cem anos de Falta de Educação
1. Referência Bibliográfica
OLIVEIRA, Elvira ET al. Cem anos de falta de educação (1889-1989). Sala de Aula, vol.2, n° 16, nov. 1989.
2. Resumo de Idéias do Autor
Na primeira parte do artigo, a autora faz uma análise crítica do processo evolutivo da educação no Brasil. Cita como referência uma passagem do livro A cultura brasileira publicado pelo autor Fernando Azevedo em 1953, onde após 64 anos decorridos desde a proclamação da república a evolução cultural e pedagógica foi uma revolução que abortou. Faz uma análise que nos últimos 36 anos (tendo como referencia o ano de 1990 no qual o artigo foi publicado) a educação ainda convive com o mais crônico de seus problemas: o analfabetismo. Para reforçar a sua tese a autora apresenta alguns dados obtidos no Censo de 1980, e aponta que o numero de analfabetos no Brasil nos anos de 86 e 87 aumentou em 3,34%. Ela cita que na constituição de 1988, o Estado reconhece sua obrigação para com os adultos analfabetos. No artigo 60 de suas disposições transitórias, 50% dos recursos devem ser destinados para programas de alfabetização e estabelece um prazo de dez anos para a erradicação do analfabetismo e universalização do ensino fundamental no país.
Na segunda parte, o foco de seus argumentos é baseado na afirmação de que o analfabetismo é herança do império, pois D. Pedro 2° não era um entusiasta da educação popular, e que o sistema escolar existente no império foi fruto dos esforços de D.Pedro 1°. Explicita que o modelo era baseado em duas vertentes muito claras: Nos lugarejos, a escolinha de ler, escrever e contar estórias eram ministradas por mestres ambulantes, que iam de fazenda em fazenda ensinando o beabá; nas principais capitais das províncias, o Liceu e a Escola