CEFALÉIA TIPO TENSIONAL TERAPIA COM ACUPUNTURA
Capítulo 6
CEFALÉIAS E OUTRAS DORES
CRANIOFACIAIS
Carlos Henrique Melo Reis *
Introdução
O especialista, antes de tudo, deverá ser clínico geral, e, só depois, secundariamente, deverá ser especialista.
Fioravanti Alonso Di Piero
A semiologia médica e a propedêutica clínica enfatizam que qualquer sintoma (de syn = com e piptós = cair; acontecer) é uma manifestação de índole patológica apreciável pelos sentidos (Di Piero). O sintoma expressa sempre uma condição de anormalidade anatômica, fisiológica ou psíquica, não havendo, dessa forma, sintoma sem doença. Podendo pertencer a várias doenças, necessita o médico julgar de modo correto e adequado os sintomas.
* Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia
Professor de Neurologia da Universidade Iguaçu – RJ e da Faculdade de
Medicina de Valença – RJ.
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DOR
Pelo exposto, cada sintoma deve ser minuciosamente dimensionado, a fim de proporcionar significado à formulação do diagnóstico. Destacam-se, dentre as características mais importantes, a topografia, a cronologia, a duração, a periodicidade, a irradiação, a evolução, os fatores agravantes e atenuantes e os acompanhamentos.
O sintoma pode se constituir na própria doença em si ou fazer parte de um complexo sintomático que denuncia uma enfermidade.
A dor é um dos sintomas ditos fundamentais e pode ser importante manifestação inicial de doença. A análise de suas principais características é precioso guia para o estabelecimento do diagnóstico acurado.
Os distúrbios dolorosos envolvendo a região cefálica são extremamente freqüentes na prática clínica. Habitualmente os processos álgicos podem envolver a cabeça, o pescoço e a face. A dor localizada exclusiva ou predominantemente no crânio é denominada cefaléia, enquanto que, na face, é reconhecida como prosopalgia.
Pode-se agrupar o conjunto de cefaléias em distúrbios primários, em que a cefaléia é a própria enfermidade;