cauculo I
George Polya
A. ESTATÍSTICA
1. HISTÓRICO A Estatística, como entendida nos dias de hoje, caracteriza-se como um ramo da Matemática aplicada dedicada à análise de dados de observação.
Historicamente, entretanto, o crescimento e o desenvolvimento da estatística moderna estiveram relacionados a três fenômenos isolados: a necessidade do governo de coletar dados sobre os cidadãos; o desenvolvimento da teoria da probabilidade; o advento da informática.
Em relação ao primeiro fator, observa-se através de registros históricos, que até inícios do século XIX a Estatística esteve estreitamente relacionada a características do Estado (de onde vem o termo ‘Estatística’) e de modo muito especial a características ligadas às instituições políticas e militares. Desde as civilizações egípcia, grega e romana, dados passaram a ser coletados com o objetivo de recolher impostos e também para o recenseamento militar. Na idade média, instituições religiosas mantinham registros relativos a nascimentos, mortes e casamentos. Nos EUA, mantiveram-se amplos registros durante o período colonial, e a partir de 1.790 a Constituição deste país passou a exigir um censo a cada 10 anos. As descrições contidas nestes registros, as quais se caracterizavam por serem de natureza verbal, foram pouco a pouco assumindo a forma numérica. Esta mudança para um caráter sempre mais quantitativo foi acompanhada da aplicação da Estatística a outros campos do conhecimento, além daqueles relacionados aos negócios estatais. Os avanços posteriores no campo da Teoria da Probabilidade levaram ao desenvolvimento da Teoria Estatística como uma área da Matemática, a qual permite que se façam generalizações científicas a partir de informações incompletas (inferência estatística).
A partir do século XX o desenvolvimento da Estatística moderna passou a se dar lado a lado