Caso dos exploradores de caverna
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Primeiro defensor
De início um de nós se encarrega de mostrar a situação dos réus naquele momento no interior da caverna.
Esse defensor pode se valer de perguntas (com respostas previamente combinadas) a um dos réus, do tipo:
1 – Em que condições psicológicas vocês se encontravam no interior da caverna?
R - Piores condições possíveis, qualquer um em nosso lugar teria tomado a mesma atitude dado a impossibilidade de pensar racionalmente...
2 – Quais foram as sensações que você experimentou no interior da caverna?
R – Muito frio, escuro, úmido, ar espeço, mal conseguia respirar, os machucados já não doíam mais, porém não cicatrizavam por causa da umidade. Meus ossos pareciam estar esmagados, muita sede e fome, e acho que por isso sentíamos alucinações e a sensação de morte era constante... Esse defensor se atém em mostrar que no interior da caverna os réus se encontravam em condições que impossibilitavam atitudes conscientes.
Uma coisa é analisar friamente os fatos, com a tranquilidade em que nos encontramos neste momento dentro de uma sala de aula e com o estômago cheio, diferente é passar pelo que eles passaram no interior daquela caverna por 32 dias... O ato de comer carne humana não foi realizado por prazer, o que aconteceu foi que eles se encontravam em estado extremado.
A escassez de comida com o decorrer dos dias faz com que o corpo passe por algumas etapas:
Primeiramente acontece o gasto de gordura. É a chamada autofagia. É o próprio corpo se autoconsumindo tornando a pessoa esquelética.
Aqui se justifica o porquê não resolveria se cada um resolvesse se automutilar e comer das próprias carnes. Se assim fizessem todos morreriam, o corpo precisaria ainda mais de energia