Carta unicef
Ao
Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF
Assunto: Mônica, personagem de histórias em quadrinhos com conteúdo que desrespeita os direitos da criança, em histórias que parecem conter sexismo e machismo
Prezadas Pessoas,
Tenho profundo respeito e admiração pelo trabalho desenvolvido pelo Fundo Nacional das Nações Unidas para a Infância – UNICEF.
No site do UNICEF, pude ler que, para a Representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier, “Mônica ajudará o UNICEF a defender os direitos das crianças, usando uma linguagem que permitirá que meninas e meninos entendam melhor seus direitos a educação, saúde, proteção e carinho".
Diante disso, venho por meio desta manifestar meu pensamento e preocupação quanto ao fato de a personagem Mônica, das histórias em quadrinhos Turma da Mônica, ser a embaixadora do UNICEF no Brasil desde 2007.
É fato que muitos brasileiros, inclusive adultos, admiram a personagem e suas histórias, voltadas ao público infantil. O que me preocupa é o conteúdo dessas histórias e como isso pode repercutir e influenciar as crianças brasileiras.
Algumas iniciativas dos estúdios Maurício de Sousa são louváveis, tais como a criação de um personagem cadeirante.
Entretanto, parece haver questões graves nas revistas, mostradas às crianças como se fossem algo normal, corriqueiro, comum. Coisas erradas que não merecem punição.
O que quero mostrar é que não vejo na Turma da Mônica o respeito aos direitos de igualdade e liberdade tão defendidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pela Constituição Federal e pela Declaração dos Direitos Humanos.
Recentemente li uma história (Anexo II à presente carta) na revista Cascão – O Plano B, nº 75, cujo conteúdo me deixou perplexa e preocupada. Nessa história, um adulto desrespeita o direito da criança como se isso fosse normal, como se a criança estivesse errada, sendo que ela nada fazia além de assistir a uma partida