Carta sobre maragao
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Senhor, aqui pelo Maranhão em terras de índios onde a miséria é tremenda devido aos conflitos do passado.Já visitei algumas das aldeias ao qual me deparei com grande desordem e com uma tremenda falta de paz aqueles seres.
A maior dificuldade que estou a ter ,Vossa Majestade, é conseguir a confiança deles devido aos insultos que dos portugueses têm recebido, e há poucas expectativas que tão cedo o consigamos.
Pelo meu percurso reconheço que a gente mais nobre e mais valorosa destas terras pertencem á nação dos Tupinambás que fica a trezentas léguas pelo rio Tocatins acima.
Nele tive a missão de os salvar daquela desordem, muitos não quiseram vir, agradecendo o bom trato de que os padres lhe ofereciam mas que era dos Portugueses que eles receavam e que enquanto não ganhassem novas defesas que não queriam estar tão perto deles.
Estas decisões foram tomadas pelos mais velhos daquela nação e pelos que das suas palavras faziam ordens, enchemos muitas canoas para transportar os que quiseram aceitar este novo caminho, no entanto nem todas chegaram ao destino.
Já em novas terras ocorreu uma coisa digna de se conhecer ao qual fiquei muito indignado:
À uns anos atrás, foi feito um novo acesso a esta mesma nação por um Cabo de oficiais da tropa, e trouxeram um vasto número desses índios por escravos: Agora, ao chegarmos, entre os índios que trouxemos e os que já cá estavam, muitos deles são parentes.
Não entendo como é que uns índios são livres e outros escravos, sem razão plausível, só porque uns foram trazidos pelos Padres e outros pelos Oficiais de Tropa.
Nesta entrada dos Oficiais da tropa também foi levado um padre de uma certa religião, e por esse motivo é que muitos dos índios aceitaram vir e este foi o motivo ao qual fez com que o numero de aceitações desta vez fosse menor.Pergunto-me Vossa Majestade não foi explicado o dissemelhante modo do padres da companhia, chegará esta trilha para não se reduzirem.
Esta apreciação, que os padres tem em relação aos