Carta magna
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As cartas de navegação da Idade Média
As cartas de navegação já foram consideradas segredos de Estado na Idade Média. Só capitães de navios punham os olhos nelas.
Durante a Idade Média desenvolveu-se um tipo de carta com grande utilidade para os navegadores, as chamadas cartas-portulano, ou simplesmente, portulanos. Estas não são mais do que a representação gráfica, de informação náutica que circularia numa forma descritiva, nos portulanos. Embora “descendendo” de uma tradição já existente na Antiguidade, nos chamados périplos, podemos constatar que este gênero de informação, direções e distâncias entre diversos pontos das costas do Mediterrâneo é contemporâneo das cartas-portulano. Estes elementos, que circulavam em suporte escrito ou era transmitidos por via oral, e as cartas eram complementares entre si. O mais antigo portulano conhecido, Il Compasso da navigare, teria sido redigido em 1296.
Da mesma época que o portulano referido, finais do século XIII, será a mais antiga carta-portulano conhecida. Designada por “Pisana”, pelo fato de ter sido encontrada na cidade de Pisa, teria no entanto sido desenhada em Gênova. Tendo como suporte o pergaminho, nela está representada a bacia do Mediterrâneo e parte da costa atlântica até à região da Flandres. Contudo, verifica-se que o rigor da representação do Mediterrâneo é muito superior ao rigor da parte atlântica.
O caráter prático e com um objetivo bem definido destas cartas, que era o de facilitarem a navegação marítima, pode ser deduzido do fato de nelas existir pouca informação sobre a parte terrestre. Apenas encontramos registrado o nome dos diferentes locais costeiros, não existindo qualquer gênero de informações sobre o interior.
Uma das características mais típicas das cartas-portulano é a “teia” de linhas, irradiando a partir de determinados pontos da carta,