Carnaval em Olinda
Em seus primórdios, a história do carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em
Pernambuco. Tal como hoje a conhecemos, a maior festa popular do mundo é um evento relativamente recente, sendo marcado pelo surgimento de agremiações como o Clube Carnavalesco Misto
Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912, ambos ainda presentes nos carnavais da atualidade.
O carnaval de Olinda preserva as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina.Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que mantêm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, caboclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, negros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura.
Um diferencial da folia olindense são os bonecos gigantes, dos quais todo ano são criados novos tipos, e hoje já são mais de uma centena desfilando nas ruas e ladeiras da cidade. Na Terça-Feira Gorda, eles se reúnem e mostram toda sua graça entre os largos do Guadalupe e do Varadouro, em um encontro que se tornou tradição da folia em Olinda. Esses bonecos são uma herança europeia e têm sua origem nas procissões do século XV. Lá, os bonecos acompanhavam os cortejos religiosos. Aqui, enfeitam a festa pagã. O primeiro boneco a sair às ruas de Olinda foi o Homem da Meia-Noite, que anima a folia desde 1932.
Podemos concluir que O marcante passado histórico aliado a criatividade do povo pernambucano resultaram em uma cultura popular extremamente rica e diversificada.
Dos europeus, o gosto pelas danças da corte, pelos bailados e epopeias; dos negros escravos, os requebros, a religiosidade e ritmos cadenciados; dos índios, o misticismo, a graça e a leveza de movimentos, próprios de uma raça que tinha na dança o reflexo do seu dia-a-dia.
Assim