Carlota joaquina
A obra, baseada em textos históricos, procura desmistificar os personagens históricos, tidos, muitas vezes como seres superiores. A professora Inês trouxe uma descrição mais profunda sobre a protagonista Carlota Joaquina (Marieta Severo) e o príncipe regente D. João (Marcos Nanini) e colocou de forma bem clara e objetiva o conteúdo do filme, tendo um olhar crítico e pedagógico, em suas explicações entrelaçava a história do cinema com o enredo do filme.
Analisando o filme, nota-se que a história começa sendo narrada estranhamente por um escocês para uma menina de dez anos, ao encontrar uma garrafa na praia contendo um papel com um trecho do livro de Salvador Dali, contando histórias de como seria o Brasil e as terras tropicais, levando a menina para o mundo da imaginação. Apresenta então a astuciosa infanta filha do rei Carlos I da Espanha que, com dez anos já fora arranjada para um casamento com o príncipe infante D. João. É notado também que o filme procura mostrar as dádivas da garota (beleza, inteligência e educação) além do costume da época, em que as crianças eram vistas apenas como miniaturas dos adultos. Passada essa fase, Carlota já adulta mostra-se ninfomaníaca, tendo vários filhos, alguns com o príncipe regente, outros com outros homens. O enredo também mostra, embora que de maneira exagerada, os maiores defeitos do regente (gula, preguiça, comodismo e pouco conhecimento político) e que ele aceita as traições da esposa – isso explicita que naquela época a família era uma instituição