Carlo Ghidiglia, o gênio do Controlismo
Aderiram ao pensamento de Fábio Besta ilustres estudiosos, mas poucos com a qualidade de Carlo Ghidiglia, sobre o qual Bertini admite que “entre os estudiosos da Contabilidade da segunda metade dos anos do oitocentos e os primeiros decênios do novecentos ocupa uma posição de relevo”.
Ghidiglia defendia sua escola através do Controlismo ao contrário de Rossi que defendia a escola de Toscana através do Personalismo, ou seja, tão ilustres e fiéis seguidores e discípulos de uma escola que sem dúvida se tornaram expoentes nelas.
Ghidiglia foi um dos maiores defensores do Controlismo em uma época que Bertini considera a da máxima maturidade da Contabilidade Científica na Itália e que foi de 1883 a 1888.
Sob o título La Ragioneria nel passato, nel presente e nell’avvenire, publicou importante trabalho que ofereceu o panorama histórico, a realidade e a prospeção dos estudos contábeis.
Para Ghidiglia, a Contabilidade, como ciência, tem a seu cargo regular todas as ações que se relacionam com a riqueza e com as necessidades humanas, o que também está absolutamente correto, somente a somatória da prosperidade das células sociais pode levar à prosperidade global de uma nação e da própria humanidade.
O que eles denominaram, naquela época, de econômico, todavia, não tinha a conotação que hoje possui; baseava-se na estreita visão de que a obtenção do lucro, do suprimento das necessidades materiais, fosse exclusivamente estudo da área da economia.
As razões lógicas nas quais Ghidiglia se apoiou para encontrar a definição da Contabilidade, foram as seguintes:
1. o homem tem deficiências intelectuais e morais que impedem que a ação administrativa se desenvolva em cada caso segundo o postulado hedonístico;
2. em decorrência, torna-se conseqüência natural que o homem se esforce por suprir as referidas deficiências;
3. surge, por isso, naturalmente, alguns fenômenos ou fatos pelos quais se venham a colmar essas