cardiopatia na odontologia
Cardiopatas devem receber tratamento odontológico diferenciado, com atenção especial a protocolo de atendimento, abordagem do paciente e interação medicamentos.
Bueno de Moraes após avaliar as condições sistêmicas e periodontais de pacientes do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia em São Paulo , em 2002, observou que 92% dos indivíduos examinados deveriam se submeter a um pormenorizado tratamento periodontal e sugeriu a adoção de um protocolo médico e odontológico integrado no Brasil, que melhore as possibilidades da promoção da saúde dos indivíduos.
Cardiopatas necessitam de tratamento odontológico diferenciado, principalmente no quesito bacteriemia. A informação é da especialista Lenize Zanotti Soares Dias, que por sua vez evoca um estudo de Durack (1995), segundo o qual bacteriemia transitória é produzida após 60% das exodontias, 88% das cirurgias periodontais e aproximadamente 40% após escovação dentária.
Durante o tratamento odontológico do cardiopata, Lenize recomenda evitar alterações hemodinâmicas além das toleráveis pelo sistema cardiovascular do paciente. Para ela, também o estresse psicológico e fisiológico é um considerável gatilho das alterações na estabilidade hemodinâmica. Sugere-se o seguinte protocolo para evitar a tensão no paciente:
. sessões mais curtas e preferencialmente pela manhã;
. usar anestesia para minimizar o desconforto;
. uso de medicamentos para relaxamento e controle da ansiedade, desde que em acordo com o cardiologista.
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Dependendo da história médica do paciente, anestésicos locais com menor concentração, ou até mesmo sem adrenalina são recomendáveis. Soma-se a isso o máximo de precaução quanto à prática de injeções intravasculares.
Em pacientes que fazem uso de anticoagulantes, aconselha-se marcar as cirurgias ou raspagens profundas após consultar o cardiologista sobre a suspensão desses medicamentos por pelo menos três dias antes da