Caracterização das gestantes atendidas na iv feira de cidadania e saúde

1. Introdução As mudanças da gestação são resultados direto da interação de quatro fatores: as mudanças hormonalmente mediadas no colágeno e no músculo involuntário, o volume total do sangue aumentado, o crescimento do feto resultando na conseqüente ampliação e deslocamento do útero, aumento do peso do corpo e mudanças adaptáveis no centro de gravidade e postura (POLDEN e MANTLE, 2000). As alterações adaptativas sofridas pelo organismo materno, visando o desenvolvimento normal feto-placentário, não escapam a nenhum sistema e estão intimamente ligadas às alterações hormonais e mecânicas da gestação (REZENDE, 2002). No que se refere ao sistema endócrino, as mudanças na gestação são orquestradas por numerosos hormônios, alguns presentes no ciclo menstrual e outros produzidos na placenta e no corpo lúteo (SPEROFF et al., 1991). A progesterona é produzida pelas adrenais maternas, corpo lúteo, células sinciciais placentárias e adrenais do feto, ocorre no início e final da gestação e atua vascularizando, secretando e nutrindo o endométrio e posteriormente a placenta e na diminuição da tonicidade da musculatura esquelética e lisa fazendo com que o estômago e o intestino trabalhem mais lentamente e os vasos sangüíneos tenham uma menor resistência periférica vascular, diminuindo a pressão arterial (PA). Este hormônio também agirá na retenção hídrica que deixará a mulher edemaciada. Durante o crescimento do feto, o tônus uterino cederá fazendo com que haja compressão da bexiga e uma diminuição na capacidade de armazenamento. Além disso, ele aumenta a temperatura corporal e reduz a tensão alveolar, causando a hiperventilação (BERROW e FERRES, 1996). O estrógeno é produzido pelo folículo ovariano, placenta e córtex adrenal e aparece no meio da gestação; tem a função de crescimento, proliferação e desenvolvimento do endométrio e dos órgãos alvos (mama, útero). O estrôgenio aumenta a produção de prolactina que é responsável pela produção do