Caraca Vei
CURSO DE LETRAS
PROJETO LER É SABER
2009
ABORDAGEM DE TEXTOS
FASCÍCULO III
POEMAS
ELABORADO POR:
DAIANA CAMPANI DE CASTILHOS
JULIANA STRECKER
LIANE FILOMENA MÜLLER
LUCIANE MARIA WAGNER RAUPP
VERA LÚCIA WINTER
taquara, outubro de 2009.
Trabalhando a poesia em sala de aula1
Talvez por ser considerada de pouca “utilidade” num mundo cada vez mais pragmático e utilitarista, a poesia tenha sido relegada a um segundo plano, excluída das “áreas ditas ‘sérias’ do conhecimentos” (AVERBUCK, 1982, p. 65). Mas não é apenas esse preconceito que exclui a poesia dos programas escolares: há quem afirme que ele também é fruto da formação do professor, que se sente inseguro e despreparado para trabalhar com um texto que, por sua própria natureza, transgride as normas objetivas e racionais, exigindo um roteiro de aproveitamento de leitura que busque o desenvolvimento da sensibilidade, o despertar das emoções, numa atmosfera lúdica, cujas peças do jogo são as palavras. É nelas que se observa o trabalho da linguagem, fortemente próxima da fantasia, sobre si mesma, cuja leitura deve ser incentivada. E isso deve partir dessa sensibilização; tratando-se, pois, de uma vivência que se realiza não pela leitura literal dos signos lingüísticos, mas pela recriação da realidade a que são conduzidos, professor e aluno, por meio do texto poético. Segundo Averbuck (1982, p. 70), “A poesia não pode ser ensinada, mas vivida: o ensino da poesia é, assim, o de sua ‘descoberta’”. Embora a criança seja, sobretudo nos primeiros anos, bastante sensível a esses jogos verbais, ao ritmo, à cadência, à sonoridade das palavras, é fundamental que lhe seja proporcionado o contato com a poesia, sob a orientação de um professor que também se sinta encantado com esse gênero de texto e com as imagens que ele produz. Trabalhar com o poema consiste em descontruí-lo e reconstruí-lo, “brincando” com as palavras e seus sentidos. Alves (2005),