Capítulo 1 e 2 freud malcivilização

Questão do Estado de Natureza – Sociedade Civil

Freud concorda com a ideia de que o homem é o lobo do homem, reconstruindo essa teoria. Ele afirma que o homem é mau, e possui diversos desejos desse gênero que no estado de natureza eram “livres” para ser expresso. No entanto, essa liberdade acabava trazendo alguns prejuízos para o convívio social. Isso fica exemplificado com o mito, que Freud conta, em que se fala da passagem do estado de natureza para a sociedade civil. Antes da passagem, todos viviam condicionados a arbitragem de um único chefe, este tinha o direito de manter relações com todas as mulheres da tribo, e expulsa os homens da tribo (seus filhos) com determinada idade para que eles não venham a ter relações com elas, já que os desejos não eram reprimidos e não havia uma regra de conter a sua vontade sexual. Os filhos, por outro lado, admiram o pai e o invejam ao mesmo tempo. Esse sentimento de ambivalência e, a vontade de dar um basta nessa situação fazem com que eles se unam e cometam o parricídio. Esse momento é caracterizado pela transição do estado de natureza para a sociedade civil. Após esse acontecimento, ocorrerá a refeição totêmica que acontece devido a um sentimento de culpa e remorso, tendo como objetivo divinizar o pai e a necessidade de que se tenha uma garantia de que esse crime não irá acontecer novamente. Na refeição o poder do chefe é partilhado e ele se transformará em pai, o qual passará a representar a lei, essa partilha garante que ninguém mais terá que se submeter à arbitragem de um indivíduo, mas terão que seguir algumas regras e reprimir alguns desejos para possibilitar a vivência em sociedade. Ou seja, nasce aqui a primeira forma de religião, direito e sociedade.

Questão do tabu

Freud estabelece pontos de concordância entre os selvagens e seus pacientes neuróticos (civilizados), falando da semelhança de seus comportamentos com relação às proibições. A primeira característica em comum é que não se sabe a origem das