Capitulo 9 mind in the cave
Este capítulo aborda essencialmente, as implicações sociais na forma como as imagens eram feitas e nos espaços onde eram concebidas. Foca em particular a adaptação das grutas (e da sua respectiva arte) à topografia, ao xamanismo cosmológico e a relações sociais. Neste capítulo exemplificam-se diversas grutas que levam ao levantamento da hipótese da existência de várias religiões ao invés de uma única religião monolítica.
Um dos desafios mais exigentes para a compreensão do Paleolítico Superior, mais especificamente na arte rupestre, são os elementos específicos das imagens nas cavernas. Para haver uma compreensão da arte desta época específica da história, o autor propõe uma análise, não como a de Leroi-Gourhan de se basear em termos estruturais e concentrar-se estritamente sobre as espécies animais representados, mas sim considerar um amontoado de aspectos da arte parietal como por vezes o autor enfrenta em cavernas específicas:
- as maneiras como as imagens são feitas;
- os sítios onde elas são feitas;
- as implicações sociais de como e onde as imagens foram feitas e
- como os modos de execução, sítios significativos e relações sociais interagem entre si.
Adoptando este método o autor considera que é necessário olhar para as cavernas como “áreas de actividade” espaços onde as pessoas se comportavam de maneiras que para eles eram apropriadas.
O argumento que o autor explora neste capítulo relaciona duas linguagens diferentes: Relação entre, por um lado, cosmologia e as crenças, e por outro lado a estrutura das cavernas; Relações entre a estrutura social e a topografia das cavernas.
Desejando afastar se do estruturalismo purista de uma mentalidade fixa e estruturada que foi imposta ao mundo, argumenta que os povos das cavernas, não transcreveram simplesmente sob a forma de imagens as estruturas sociais do Paleolítico Superior. Fala antes em locais (as cavernas) como instrumentos activos na sociedade, quer em termos de propaganda quer em