"Capitalismo, socialismo e democracia"
Para ele, o aspecto evolutivo do capitalismo não se deve apenas ao fato deste sistema estar inserido em um meio social, o qual é marcado por guerras, revoluções, alterações populacionais, mudanças no capital ou no sistema monetário. O que explicaria essa característica evolutiva seriam as inovações nos bens de consumo, nos meios de transporte, nos modos de produzir. São mudanças que ocorrem por dentro do sistema que destroem o que é antigo e criam elementos novos, o processo de “destruição criativa”.
Duas perspectivas metodológicas de análise são destacadas pelo autor. Como os elementos de inovação dependem de tempo para terem efeitos definitivos, deve-se analisar processos no longo prazo e não deve se ater às partes isoladas, em firma ou segmentos específicos. Para o autor, é necessário estudar como as empresas “criam e destroem” e não apenas como administram as estruturas existentes.
A primeira concepção a mudar seria a da concorrência, ao contrário do que é valorizado, o que comandaria uma real vantagem de custo e qualidade seriam novas tecnologias, novas ofertas e novas formas de organização. Quando não atentamos para este ponto, estaríamos desprezando o que há de mais típico no capitalismo.
Por uma questão que, aparentemente seria paradoxal, essas medidas de inovação de longo prazo exigem estratégicas protetoras como o seguro, a arbitragem e as patentes. Como os investimentos estão sujeitos a mudanças repentinas, esses instrumentos assegurariam que o investimento valha a pena no longo prazo.
As novas indústrias ou conglomerados que introduzem novas mercadorias e processos seriam o melhor exemplo desse processo. Elas recorrem e utilizam das armas da concorrência e,