Capitalismo comercial e capitalismo industrial
17/11/2008 - Karen Egas
O surgimento do capitalismo comercial, no início da Idade Moderna (entre os séculos XV e XVIII), está fundamentado tanto no progresso econômicodos séculos XVI - XIII quanto na crise dos séculos XIV - XV. O primeiro fator contribuiu para a formação da burguesia, o desenvolvimento da vida urbana, o incremento da produtividade agrícola e artesanal, a intensificação do comércio e o despontar de um sistema financeiro. O segundo fator desorganizou de tal maneira a sociedade européia, que tornou necessária a intervenção do Estado, recém-nascido, para superar as dificuldades.
No século XV, o comércio já era a principal atividade econômica da Europa. Os comerciantes, ou a classe burguesa, já tinham acumulado grandes capitais realizando o comércio com a África e a Ásia, através do mar Mediterrâneo. O capital tornou-se a principal fonte de riqueza, substituindo a terra, do período feudal. O capital podia ser acumulado ou obtido: por meio da ampliação cada vez maior do comércio; por meio da exploração do ouro e da prata.
A expansão do comércio gerou a necessidade de se aumentar a produção, principalmente a artesanal. Os artesãos mais ricos começaram a comprar as oficinas dos artesão mais pobres. Estes se transformaram, então, em trabalhadores assalariados, e o número de empregados nas oficinas foi aumentando.
A fase de acumulação do capital por meio do lucro obtido com o comércio e, ainda, por meio da exploração do trabalho do homem, seja o assalariado ou o escravo, recebeu o nome de Capitalismo Comercial ou Mercantilismo. Nesta fase do capitalismo, nos séculos XV e XVI, ocorreu a expansão marítimo-comercial. A expansão marítima européia fez ressurgir o colonialismo.
Foi o período das Grandes Navegações e descobrimentos, das conquistas territoriais, e também da escravização e genocídio de milhões de nativos da América e da África.
Grande acumulo de capitais se dava na esfera da circulação, ou seja, por meio do