Capital de Giro Líquido
Acerca do capital de giro (working capital), Martelanc; Pasin e Cavalcante (2005, p.
37), discorrem que este
[é] mais amplo, pois considera tanto as contas ativas como as passivas. O que importa é o investimento líquido que a empresa deverá fazer em seu capital de giro, ou seja, quanto capital deverá empregar para financiá-lo. Se os estoques e as contas a receber puderem ser integrais ou parcialmente financiados pelos fornecedores, melhor. Nesse sentido, o conceito de capital de giro assemelha-se ao de capital circulante líquido.
Tais autores, ao igualarem o conceito de investimento em giro ao CCL (capital circulante líquido) estão desconsiderando que, dentro do ativo e passivo circulantes, não existem ativos e passivos financeiros. Tais conceitos são divergentes posto que a variação do capital de giro envolve apenas os ativos e passivos operacionais e alguns balanços trazem ativo e passivo circulante contendo componentes financeiros.
O ativo circulante, comumente chamado de capital de giro, representa a porção do investimento que circula, de uma forma para outra, na condução normal dos negócios. O passivo circulante representa o financiamento de curto prazo de uma empresa, uma vez que representa todas as dívidas a serem pagas em um ano ou menos. Estas dívidas normalmente abrangem valores devidos a fornecedores (contas a pagar), funcionários e governo (despesas a pagar) além de bancos (empréstimos bancários), entre outros.
Segundo Ross et al (1995, p.27 apud SILVA 2002), “[d]efine-se capital de giro líquido como sendo a diferença entre os ativos circulantes e passivos circulantes.” O mesmo autor traz de forma algébrica o capital de giro líquido também conhecido como capital circulante líquido (CCL) das seguintes formas:
CCL= Ativo Circulante – Passivo Circulante ou CCL= (Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo) – (Ativo Permanente +
Realizável a Longo Prazo)
Conforme Sato (2007), os recursos aplicados no ativo