Capiba
Capiba
Lourenço da Fonseca Barbosa, Capiba, nascido em Surubim em 1904, filho de um mestre de banda, Severino Atanásio de Souza Barbosa, viveu e respirou música desde a infância. Começou a trabalhar como pianista, ainda garoto em Campina Grande (PB). Depois de uns poucos anos em João Pessoa, onde completou o curso médio, e também trabalhou como músico, além de criar suas primeiras composições, uma das quais chegou a ganhar um concurso promovido por uma revista carioca (um vivaldino, no entanto, chegou antes do compositor e seu parceiro, e recebeu o prêmio pelo primeiro lugar), veio morar no Recife, em 1930, quando passou num concurso para o Banco do Brasil, emprego que lhe daria segurança econômica para dar vazão ao seu enorme talento como compositor (formou-se em Direito, mas nunca exerceu a profissão). Em 1931 teve seu nome reconhecido como compositor, e músico da Jazz Band Acadêmica, na capital pernambucana, com Valsa verde (feita em parceria com Ferreira dos Santos). Em 1934, Consolidou-se como autor, ao vencer um certame de música carnavalesca, com o frevo-canção ‘’É de amargar’’.
Com sua Jazz Band, Capiba se engajou na campanha para a construção da Casa em 1931, fazendo shows em cidades do norte e nordeste, como também em Petrópolis (RJ) e doando o dinheiro arrecadado com as apresentações para o projeto.
Até os primeiros anos da década de 80, do século 20, Capiba pontificou na música pernambucana, e brasileira. E não apenas como autor de memoráveis frevos-canção. Seu primeiro grande sucesso nacional foi a canção Maria Betânia, gravada por Nelson Gonçalves, em 1945.
Seus frevos-canção tornaram-se ainda mais conhecidos no final da década de 50, com o lançamento pela Rozenblit, do LP Capiba 25 Anos de Frevo, interpretados por Claudionor Germano. Falecido em 31 de dezembro de 1997, Capiba produziu uma obra caudalosa, tanto gravada, quanto inédita