CAOS E SEUS “FILHOS” – OS DEUSES PRIMORDIAIS

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O tema escolhido é um dos primeiros apresentados na poesia "Teogonia" de Hesíodo: O Caos e os primeiros deuses – que dele surgiram. Algo importante para salientar-se antes de começarmos é que, quando falamos sobre deuses primordiais, a antropomorfização – ato de personificar, atribuir uma imagem e/ou forma humana – deve ser evitada, já que, nesse caso, a própria natureza é compreendida como manifestação do divino.

Certamente, muito antes de tudo existia Caos. [116]:
A forma do Caos não é descrita ou especificada por Hesíodo durante sua poesia. Até hoje, há muita divergência sobre a origem, a forma ou as características do Caos, porém muitas teorias foram criadas durante a história. Apesar de ter sido mencionada pela primeira vez por um poeta romano (Ovídio), a mais comum dentre essas teorias é a de que Caos é a mistura primordial dos elementos, de uma forma desordenada e disforme, onde as “sementes” de tudo estavam dispersas.

Na visão grega, Caos pode significar “corte”, “rachadura” ou “separação” – o que ajuda a explicar um pouco como tudo se seguiu a partir dele –, e a noção de tempo, como um todo, desde de o “nascimento” do mundo, até o seu fim, partia da ideia de um ciclo que começava no Caos e terminava no mesmo – perpetuando nessa ordem.

Dividiram-se do Caos, como partes que voluntariamente se soltam e geram novos seres cinco deuses primordiais: Gaia (ou Geia) – A deusa Terra, que a tudo e todos sustenta; junto dela o Tártaro – a maior das profundezas, uma área de comprimento imensurável – onde, mais tarde, foram jogados os Titãs; Eros – Deus do amor, da geração da vida a partir de dois elementos (masculino e feminino), o mais belo dos imortais; e então veio Érebo – o deus da escuridão profunda e da sombra; e, por último, Nix – A noite negra. Essas histórias da origem das primeiras divindades gregas são citadas por Hesíodo [117-125].

BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

HESÍODO – Teogonia – Martin Claret, São Paulo 2010

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