CANTIGAS DE AMIGO TROVADORISMO
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Cantigas de Amigo"Bailemos nós já todas três…" de Airas Nunes (CV 462/CBN 879)
Bailemos nós já todas tres, ai amigas, so aquestas avelaneiras frolidas e quem for velida como nós, velidas, se amigo amar, so aquestas avelaneiras frolidas verrá bailar.
Bailemos nós já todas tres, ai irmanas, so aqueste rarno destas avelanas, e quem for louçana como nós, louçanas, se amigo arnar, so aqueste rarno destas avelanas verrá bailar.
Por Deus, ai amigas, mentr' al non fazemos, so aquesto rarno frolido bailemos, e quen ben parecer, corno nós parecemos, se amigo amar, so aqueste ramo so' l que nós bailemos verrá bailar.
Género da Cantiga: amigo;
Subgénero: bailia ou bailada - para o baile, fala de bailes, a letra que acompanhava a melodia da dança.
Identificação e caracterização das personagens, tendo em conta as suas acções e intenções: três amigas: belas " velidas", alegres "louçanas" e simpáticas "ben parecer", pretendem bailar, divertir-se e amar.
Intemporalidade na "realidade" que a cantiga traduz: a intemporalidade do baile, da festa, do divertimento e do amor.
Esquema rimático: cantiga de amigo de estrutura paralelística; refrão de dois versos, o primeiro dos quais inserido entre o terceiro e o quarto da estrofe; rima toante nos versos um e dois; esquema rimático a a a B a B.
"Levad', amigo que dormides…" de Nuno Fernandes Torneol (CV 242/CBN 641)
Levad', amigo, que dormides as manhanas frias; todalas aves do mundo d'amor diziam: leda m' and' eu.
Levad', amigo, que dormides las frias manhanas; todalas aves do mundo d' amor cantavan: leda m' and' eu.
Todalas aves do mundo d'amor dizian: do meu amor e do voss' en ment' avian: leda m' and' eu.
Todalas aves do mundo d' amor cantavan, do meu amor e do voss' i emmentavan: leda m' and' eu.
Do meu amor e do voss' en ment' avian; vós lhi tolhestes os ramos em que siian: leda m' and' eu.
Do meu amor e do voss' i emmentavan; vós lhis tolhestes os ramos en que pousavan: leda m' and' eu.
Vós lhis tolhestes os ramos en que