Cangaço
O Cangaço foi uma série de “revoltas”, que teve inicio no final século XIX e começo do século XX. Este fenômeno social surgiu no nordeste brasileiro onde grupos de homens armados protestavam principalmente a fim de melhorar suas péssimas condições sociais, já que o poder se concentrava na mão dos latifundiários que possuíam terras e a maior parte da renda, deixando à maioria da população as margens.
Os homens (que compunham o grupo) recebiam o nome de Cangaceiros, e suas atitudes eram geralmente violentas. Estes eram muito respeitados no nordeste já que andavam sempre em bandos e armados saqueando fazendas, atacando comboios e até mesmo sequestrando fazendeiros a fim de conseguir resgate. Aqueles que respeitava e acatavam as ordens dos cangaceiros acabavam por ser beneficiados por isto boa parte da população da época além de respeitar este novo grupo sentia grande admiração por ele.
Os cangaceiros eram nômades, ou seja, não tinham moradia fixa, vivendo em constante movimento, migrando sempre de uma cidade para outra. Quando estes chegavam a uma nova cidade pediam aos moradores locais para que lhes ajudasse com recursos (como alimentos e moradia) e aos que negavam ajuda, sobrava a violência.
A região nordeste possui uma vegetação composta predominantemente pela caatinga (vegetação com forte presença de arbustos com galhos retorcidos e clima seco) e por esta razão os cangaceiros usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos durante as fugas, além de utilizarem de todos seus conhecimentos sobre a localização de fontes de agua, de alimentos, do tipo de solo dentre outros com objetivo de fugirem e/ou de obterem melhores esconderijos.
O primeiro bando de cangaceiros que surgiu foi liderado por Antônio Silvino (1875), pernambucano que, desde jovem, na última década do século XIX, se dedicara ao cangaço a serviço da família Aires. A partir de 1906, afastou-se das lutas políticas e dos conflitos entre famílias, passando a lutar