CAMPOS, Gastão; CAMPOS, Rosana. Gestão em saúde. São Paulo: Editora Hucitec, 2000.
Ensaio Reflexivo – Gestão em Saúde
Para entendermos um pouco mais do que seria Gestão em Saúde, esse texto foi um ponto de partida para as discussões realizadas na prática.
No início do texto os autores trazem a similaridade entre Gestão e Administração que muitos dicionários trazem “ato ou efeito de administrar, ação de governar ou gerir empresa...”. Integram os dois termos ao sinônimo da Política, sendo a gestão uma capacidade de dirigir e confunde-se com o exercício do poder. Essas informações submetem à correlação que a gestão é integrada a política gestão e essa associação pode comprometer uma administração coerente e democrática. Pelo fato que essa associação pode gerar disputas e conflitos demonstrando uma situação de poder absoluto e não de democracia como deveria ser.
Devido a isso, percebeu-se a necessidade da ruptura entre a política e a gestão. Frederick Taylor pretendeu com o seu livro “Princípios da Administração Científica” desvincular a política (conflito de interesses) de uma gestão que seria baseada em evidências, caráter técnico com o intuito de torná-la mais efetiva. Levando em consideração, como o texto apresenta que a gestão teria dois polos ( disciplina e o controle) que representariam o eixo central da Gestão, limitando a autonomia e iniciativa do trabalhado, já que o pensamento vigente é um poder único e os demais subordinados.
O texto aponta que a administração/ gestão “empresarial” ou “técnica” reflete na gestão em saúde, a partir do método “atenção gerenciada”- (que propõe diminuir os custos e aumentar a efetividade do trabalho em saúde, retirando dos profissionais a capacidade de decisão do trabalhado clínico. Alocando esse poder ao gestor que por meio de protocolos e padrões controlam e determinam o cotidiano dos trabalhadores). Por causa disso, há uma discussão se a gestão em saúde deve ser realizada por um administrador ou por profissional