camadas da atmosfera
Antonio Carlos de Castro
Físico responsável pelo setor de Física do CDCC-USP - Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo e-mail: acdc@cdcc.sc.usp.br
Henrique Ferraz
Estudante de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos - EESC-USP e-mail: henriqueferraz_arqurb@yahoo.com.br
A ação do homem sobre a natureza tem atingido proporções gigantescas, afetando o clima do planeta Terra de uma maneira não totalmente compreendida.
Ainda não há um consenso sobre se a elevação na temperatura global observada no último século é um efeito natural ou se é resultado da atividade humana. Uma pequena elevação na temperatura média da Terra representa grandes mudanças no clima, mas a medição desta pequena variação é difícil e também a sua interpretação. Recentemente, um grupo de pesquisadores consideraram um outro fator que está intimamente associado à variação da temperatura: a altura da tropopausa.
A atmosfera pode ser divida em camadas, umas sobre as outras, conforme a variação da temperatura com a altitude. A camada mais baixa, aonde vivemos, chama-se troposfera. Ela concentra quase 90% de todo o ar da atmosfera e vai desde o solo até uma altura que pode variar de 7 km nos pólos até pouco mais de 16 km no equador. Acima da troposfera encontra-se a estratosfera que vai do topo da troposfera até, aproximadamente 50 km de altura. A tropopausa é o limite entre estas duas regiões.
Esquema de como se sobrepõe as camadas atmosféricas.
O que diferencia a troposfera da estratosfera é o modo como a temperatura varia com a altitude. Na troposfera o ar é quente na superfície e vai ficando cada vez mais frio com a altitude, caindo de 5°C a 7°C para cada quilômetro. Por isso os lugares mais altos são mais frios e as montanhas têm os picos cobertos de neve. O ponto mais frio da troposfera é a tropopausa, a partir daí, na estratosfera, a temperatura aumenta com a altitude.
A escala mostra como