Cal na siderurgia
A produção brasileira de aço bruto em maio de 2011 foi de 3,3 milhões de toneladas, representando aumento de 9,6% em relação a abril e de 14,7% quando comparado com o mesmo mês em 2010 (dados fornecidos pelo Instituto Aço Brasil – antigo Instituto Brasileiro de Siderurgia – IBS).
O aço é produzido a partir do minério de ferro, carvão mineral e cal. Qualquer alteração no fornecimento desses insumos pode prejudicar a produção e, consequentemente, diversas áreas da indústria nacional que dependem do aço de qualidade. Por isso a cal é uma parceira decisiva para o desempenho das siderúrgicas.
A cal se destaca já no preparo do minério de ferro, aparecendo como alternativa vantajosa para a aglomeração de sua fração superfina, processo conhecido como pelotização, e se multiplica em diferentes processos no ambiente da usina siderúrgica, onde é insubstituível no desempenho de papéis fundamentais.
Além de ser o aglomerante usado na sinterização do minério de ferro, a cal é a matéria-prima empregada na dessulfuração do gusa, elemento escorificante na aciaria, protetor do revestimento refratário dos fornos siderúrgicos, lubrificante essencial na trefilaria e também usada para tratamento dos efluentes ácidos do processo.
Fundentes como a cal são matérias primas essenciais para o refino e a eliminação de elementos nocivos à liga do aço, principalmente fósforo, enxofre e silício. Teores altos desses elementos no aço podem causar defeitos em sua estrutura cristalina e levar à formação de trincas e à fragilidade mecânica.
O parque siderúrgico brasileiro possui 28 usinas produtoras de aço, sendo que 13 integradas (a partir do minério de ferro) e 15 semi-integradas (a partir do processo de ferro gusa com a sucata), administradas por 10 grupos empresariais.
Em 2010, a indústria siderúrgica consumiu 34% da produção de cal no Brasil, no entanto, outros setores também dependem da cal para garantir a sua produção, como é o