Cabanagem
O grão-pará tinha como uma de suas características a presença da elite branca, de uma imensa população indígena, escravos africanos e uma população livre e pobre que sofria com as péssimas condições de vida.
A elite paraense alimentava um forte sentimento independente e se magoava com o fato de que a presidência da província(do lugar) era exercida por homens nascidos em outras partes do Brasil e indicados pelo governo central sediado no rio de janeiro. Dessa junção de fatores surgiu a revolta conhecida como cabanagem, que se iniciou em janeiro de 1835.
Os problemas começaram quando o cônego Batista Campos passou a pregar no púlpito contra o presidente da província, Bernardo Lobo de Souza, incitando a população pobre a se revoltarem. Perseguido pelo presidente, Batista Campos escondeu-se na fazenda de Félix Clemente Malcher, que começou a organizar a oposição armada de Lodo de Souza. No final de 1834, a fazenda de Malcher foi destruída por forças fiéis ao presidente. Malcher foi preso e Batista Campos morreu enquanto tentava fugir, Dois arrendatários da fazenda de Malcher conseguiram escapar e assumiram a liderança dos rebeldes.
Em 1835 os rebeldes invadiram Belém mataram Lobo Souza e libertaram Malcher, que foi eleito presidente da província. Ficou clara a diferença entre as intenções da elite-branca e dos setores populares. Malcher falou ao governo do Rio de Janeiro que ia por fim à revolta, se fosse nomeado um presidente paraense para a província.
Para os indígenas, negros, mestiços e escravos, isso não era suficiente. Eles lutavam para a melhoria das condições de suas vidas, desejo que não era atendido apenas entregando a presidência a um paraense. Eles recusaram a depor as armas conforme Malcher tinha ordenado, e então a revolta continuou. Em fevereiro, Francisco Vinagre depôs Malcher e tomou seu lugar. Aceitou entregar o governo presidente nomeado pelo Rio de Janeiro, marechal Manoel Jorge Rodrigues.
A pressão da população,