Business Plan
Escrito por Nuno Nogueira
Sabemos que a taxa de mortalidade das empresas recém-criadas em Portugal é grande. As estatísticas indicam que as falências são causadas por diversas razões, nomeadamente porque se falha ao subestimar as acções da concorrência e porque se avalia incorrectamente o potencial de mercado ou porque não se possui um conhecimento suficiente do sector, entre muitas outras razões. Basicamente, falha-se por não se conhecer o futuro. Ou por não se estar preparado para ele.
Num contexto de grandes incertezas, os planos de negócios não são mais uma mera formalidade para candidaturas a incentivos: são uma peça fundamental que apoia as empresas a prepararem-se para as contingências que inevitavelmente terão de atravessar.
A elaboração do plano de negócios obriga à articulação das ideias de uma forma estruturada e disciplinada, o que constitui um teste de ferro à sua viabilidade e exequibilidade. De facto, uma ideia pode parecer muito interessante aquando da sua geração mas depois de analisados os números e todos os detalhes, ela pode cair por terra. Mesmo em empresas já existentes e com grande experiência no mercado, este exercício de planeamento revela-se surpreendentemente útil porque obriga a repensar o negócio e questionar velhos dogmas.
Em que consiste e para que serve concrectamente o plano de negócios? Quais as características de um plano de negócios bem elaborado?
Mais do que um conjunto de informação, o plano de negócios é o documento que define a empresa, os seus produtos e serviços bem como a sua estratégia e a forma como a pretende implementar e financiar. Serve de instrumento credibilizador da empresa perante financiadores e de mapa de orientação, mostrando como a empresa pretende alcançar os seus objectivos. É um sumário resultante de um exercício de reflexão estratégica profunda.
A composição de um plano de negócios bem elaborado não é rígida mas contém geralmente cinco partes: um