Bruno Giorgi
(1905 - 1993)
Escultor brasileiro nascido em Mococa, interior do Estado de São Paulo, um dos mais importantes artistas brasileiros do gênero, autor da obra em bronze Os Guerreiros (1959), também conhecida como Os Candangos, na Praça Três Poderes, uma homenagem aos operários que trabalharam na construção de Brasília, uma escultura com 8 metros de altura considerada um dos símbolos da cidade. Filho de comerciantes italianos imigrantes, aos seis anos foi com a família, pais e os dois irmãos, para Roma (1911), quando seus pais decidiram regressar para sua terra natal, e em Roma foi educado e estudou desenho e escultura (1920-1922). Militante do Partido Comunista e por sua atuação nos movimentos antifascistas, foi preso (1931) e condenado a uma pena de sete anos de prisão, em Nápoles, sul da Itália. Por causa de sua nacionalidade brasileira e por intervenção do embaixador brasileiro na Itália, foi libertado e expulso daquele país, pós ater cumprido quatro anos da pena (1931-1935) e extraditado para o Brasil. Ao se iniciar a Guerra Civil Espanhola, decidiu se alistar para lutar ao lado dos republicanos (1936). Depois decidiu radicar-se em Paris (1937), onde freqüentou as academias La Grande Chaumière e Ranson. Na capital francesa montou um atelier que na verdade, funcionava como um centro de articulação de atividades de exilados italianos e da resistência antifascista na Europa. Durante este período conviveu com nomes como Henry Moore,Marino Marini e Charles Despiau. Na Ranson conheceu Aristide Maillol, que passou a orientá-lo em técnicas da escultura. Com a iminência da II Guerra Mundial (1939), resolveu voltar para o Brasil e, a partir de então, construiu uma das mais importantes trajetórias da arte brasileira. Em São Paulo, fundou um atelier com Joaquim Lopes Figueira Jr. e trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou da Família Artística Paulista. Ligado ao movimento modernista, aceitou o convite do ministro Gustavo Capanema e foi