Brasil e alca: fortalezas e cenários
Ao nível macroeconômico, é importante destacar o seguinte: o Brasil precisa desenhar diversas políticas de desenvolvimento para dar maior competitividade aos setores que possivelmente serão mais afetados com a instalação da Alca: cerâmica, cosméticos, móveis, indústria automotiva, telecomunicações, informática e eletrônica (segundo um estudo realizado pela Unicamp em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento).
Também é importante fortalecer o Mercosul ao nível institucional, por meio da implementação de ações para a criação do parlamento do Mercosul, e no econômico com investimentos visando uma maior integração física e logística, além da criação de órgãos para a coordenação de políticas macroeconômicas, sociais e de solução de controvérsias, em paralelo à elaboração de instrumentos que permitam fluxos de financiamento para projetos de desenvolvimento regional.
É importante, também, realizar esforços para intensificar a integração político-econômica com a Bolívia e o Chile, além da avaliação de uma possível integração da Venezuela como membro ativo do Mercosul, o que geraria um maior poder de negociação internacional do Mercosul.
Intensificar a assinatura de acordos sub-regionais de livre comércio como Mercado Comum Centro-Americano – MCCA - e a Comunidade do Caribe – CARICOM -, por meio da negociação de preferências tarifárias fixas para a importação e exportação de produtos entre estas duas regiões e o Mercosul é prioridade. Convém destacar que atualmente o comércio entre o CARICOM e EUA chega a US$ 12 bilhões por ano, além de ser uma ponte de acesso ao mercado mexicano, por causa dos acordos de livre comercio entre o este pais e o CARICOM. Existem projetos de integração (estradas) entre o Panamá e o México (Puebla) com investimentos de US$ 4,1 bilhões.
Outro ponto são as negociações