Bovespa
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Dólar dispara e Bovespa cai, em meio à cautela dos investidores
05/11/2013 14h05
Os participantes nos mercados financeiros demonstram receio de que o banco central americano feche a torneira de dinheiro barato antes que o esperado. No
Brasil, os investidores se mostram cada vez mais céticos com as perspectivas para a economia doméstica.
O movimento nos mercados de câmbio e juros é emblemático e relembra em alguma medida a onda de nervosismo que abateu o cenário doméstico há pouco mais de dois meses. O dólar dispara, chegando a subir mais de 2%, na maior alta desde 21 de agosto, quando a pressão cambial levou o dólar a superar a marca de
R$ 2,45, o que levou o Banco Central (BC) a anunciar no dia seguinte o programa de leilões de câmbio.
O cenário no mercado de juros não é muito diferente. As taxas saltam mais de 20 pontos-base em alguns vencimentos, reflexo da descrença dos agentes com um ajuste do lado fiscal, que cada vez mais coloca em xeque a atual nota de crédito do
Brasil.
Também permanece a expectativa pela divulgação do desempenho da economia americana e dos dados do mercado de trabalho dos EUA até o fim da semana, que pode referendar a possibilidade de a autoridade monetária americana reduzir as compras de ativos ainda neste ano.
Câmbio
O dólar dispara ante o real nesta terça-feira, chegando a registrar a maior alta percentual diária em dois meses e meio, quando a moeda saltou pela última vez.
Segundo profissionais, a puxada nas cotações hoje, que impõe ao real hoje o posto de moeda com pior desempenho em relação ao dólar, decorre de uma nova rodada de deterioração nas expectativas para a economia brasileira. Na visão de investidores, ela continuará crescendo pouco em meio a uma inflação elevada e política fiscal expansionista. Tal avaliação já leva profissionais da área cambial a considerar que o dólar chegar aos R$ 2,30