Bombril
A mudança faz parte do plano de reestruturação da controladora indireta da Bombril, a italiana Cirio Finanziaria (CFIN), que determinou que a operação brasileira deixa de ser estratégica. Em outras palavras, os 37,8% do capital total detidos pela CFIN são candidatos à venda. "Isso muda o tipo de administração da empresa", diz Celso Paes de Barros, presidente do Conselho Administrativo da Bombril. Ele afirma que não há nenhuma negociação de venda em andamento, mas que a partir de agora a empresa vai trabalhar para maximizar o valor de seus ativos. "O foco não é mais crescer, mas a consolidação no mercado", diz.
A Bombril passa por um período difícil no Brasil, motivado principalmente pelas complicações da empresa controladora, a Cirio Holding - e com seu principal acionista, o executivo Sergio Cragnotti, que foi afastado da gestão da empresa no início do ano e deixou de ser seu acionista no final de maio. De acordo com o plano de reestruturação da CFIN, as dívidas do grupo Cirio foram trocadas por ações e o capital social da companhia foi zerado. Com a conversão das dívidas em investimentos, o novo capital social ficou assim dividido: 95,2% para os detentores dos títulos de dívida (os chamados bond-holders) até hoje emitidos pelas várias sociedades do Grupo Cirio - inexistindo, portanto, um sócio controlador; 4,8% do capital passa a ser de propriedade dos bancos europeus credores das empresas do grupo Cirio.
Portanto, a Cirio Holdind, que detinha 63% do capital da CFIN e é controlada pela sociedade holandesa Cragnotti & Partners, não é mais proprietária de ações de emissão da CFIN.
"O patrimônio da Bombril está cotado muito abaixo do