Bolívia
Desde a época colonial, as transformações no mundo indígena são muito complexas. A base ecológica da vida comunitária foi destruída pelas reduções coloniais, as divisões de fronteiras nacionais e as fazendas privadas.
O “pacto colonial” foi destruído quando a perda da importância econômica do tributo indígena consentiu uma devastadora ofensiva liberal contra o ayllu e com isso também houve a consolidação do regime de fazenda.
Patzi define o projeto de descolonização como uma igualdade de oportunidades e universalização do “modo de produção comunitária” para as áreas urbanas.
A tese do comunitarismo urbano reconhece uma boa dose de trabalho direto e também, muitas vezes escondem as desigualdades e a precariedade do trabalho em um denso tecido político, econômico e social.
O mundo plebeu difere da classe trabalhadora organizada, que antes era a base da co-governança de 1952 e também se diferencia das comunidades indígenas rurais, em um espaço político antropológico.
ONDE VAI O EVISMO?
A hegemonia Nacional boliviana não reconhecida há mais de 50 anos volta a presidir o cenário político gerido pelo presidente Evo Morales com a esmagadora reeleição que o elegeu com mais de 63% dos votos. A “Meia Lua” foi desarticulada como uma opção de resistência e a oposição sem lideranças coesionadoras é incapaz de ler a realidade nacional. A influência política do Movimento ao Socialismo (MAS) se estende por todo o território de forma soberana e inviabiliza e apazigua a tentativa de outros movimentos de submergir.
Entretanto, os termos anti-capitalistas ou socialistas de Evo Morales podem conduzir a erros. As atribuições que lançam a administração de Morales tem traçado um extenso paralelo que vai de anti-moderno a etno-fóbico, sendo que o empoderamento indígena popular é hoje incontestável e fonte da enorme legitimidade, traduzida em apoio eleitoral de Evo Morales.
Porém, todos se perguntam se é possível uma aproximação