Bobina de tesla
Antônio Carlos M. de Queiroz Vou descrever aqui uma bobina de Tesla que construí há algum tempo. Ela tem a característica não usual de ter sua sintonia feita pelo ajuste da capacitância do terminal, ao contrário do mais usual que é a sintonia pela variação da indutância da bobina primária. Foi tudo calculado precisamente, e o sistema funcionou como previsto. Tenho também algumas em inglês, que descrevem essa bobina e outras variações, a partir de: www.coe.ufrj.br/~acmq/tesla/tefp.html. O transformador de Tesla, ou bobina de Tesla, foi inventado por Nikola Tesla, no final do século XIX. Na forma mais usual, é formada por um transformador com núcleo de ar, com um capacitor primário carregado a uma tensão de alguns (530) kV se descarregando sobre a bobina primária através de um faiscador. A bobina primária possui poucas espiras de fio grosso (1-20), podendo ser cilíndrica, plana ou cônica, e é montada próxima à base da bobina secundária. O circuito secundário é formado por uma bobina secundária cilíndrica com por volta de 1000 espiras, montada centrada sobre a bobina primária, que ressona com sua própria capacitância distribuída e com a capacitância de um terminal montado no topo da bobina. Estas capacitâncias distribuídas dependem apenas da geometria do sistema, e formam a capacitância secundária. A base da bobina secundária é ligada à terra, ou a um condutor com grande capacitância distribuída, que serve como "contrapeso". Os circuitos primário e secundário são ajustados para ressonar na mesma freqüência, usualmente na faixa de 50 a 500 kHz. O coeficiente de acoplamento entre as bobinas é baixo, por volta de 0.1. O sistema opera de forma similar a dois pêndulos acoplados com massas diferentes, onde as oscilações a baixa tensão e alta corrente no circuito primário são gradualmente transferidas para o circuito secundário, onde aparecem como oscilações com baixa corrente e alta tensão. Com a sintonia dos dois circuitos na mesma freqüência, e certos