Boa vista, Cabo verde
Uma linha de praias com dunas de areia branca com 55 km de extensão e mar cristalino – cor de turquesa – são motivos mais do que suficientes para visitar a ilha da Boa Vista.
Entre os desportos náuticos mais concorridos, destacam-se o windsurf (na Baía de Sal Rei) e o mergulho nos recifes de corais, abundantes de vida e cor – onde repousam também os destroços de 40 navios abalroados. Integrada no grupo de ilhas do Barlavento cabo-verdiano, 50 km a Sul do Sal, Boa Vista é a ilha do arquipélago de Cabo Verde que está situada mais perto do Continente africano. Embora os primeiros navegadores a tenham baptizado de São Cristóvão, o seu nome actual resulta de ser o primeiro pedaço de terra firme que os navegantes do Renascimento avistavam na sua perigosa aventura atlântica. Com uma superfície de 620 km2, é a terceira maior ilha do arquipélago e, tal como o Sal e Maio, é plana, à excepção de um maciço rochoso situado a oriente, que atinge o píncaro no Pico d’Estância, com 390 metros de altura. A sua paisagem costeira é de dunas altas flutuantes de areia branca, embelezadas ocasionalmente por oásis de tamareiras e lagoas. O interior da ilha alterna desertos de areia – semelhantes ao Sahara – com planícies rochosas (a Norte). A orla marítima é envolvida por um anel de recifes de corais e rochas com forte campo magnético – o que contribuiu para o desnorte de muitas embarcações.
Um pouco de história Devido às suas características geológicas e climáticas, a ilha da Boa Vista – tal como sucedeu com o Sal – após ter sido descoberta, a 14 de Maio de 1460, caiu no esquecimento durante os 150 anos seguintes – sendo utilizada apenas como pastagem para cabras. Cristóvão Colombo aportou na ilha em 1498 e fez uma descrição terrífica das dificuldades com que deparou. De resto, o curso do tempo na ilha da Boa Vista foi sendo pontuado por sucessivos naufrágios, resultantes da conjugação de circunstâncias peculiares: Ventos tempestuosos associados a correntes