BNDES
O BNDE foi criado em 1952, e desde então sua atuação esteve fortemente vinculada às diretrizes governamentais. O objetivo desse novo órgão federal era ser formulador e executor da política nacional de desenvolvimento econômico.
Na década de 1950, o sistema financeiro brasileiro só contava com a existência, na esfera pública, do Banco do Brasil.
“O sistema financeiro, nessa época, constituía-se basicamente dos bancos comerciais privados e do Banco do Brasil. A inexistência de um mercado de capitais de longo prazo e o estado relativamente primitivo do sistema bancário privado fazia do Banco do Brasil não apenas a principal fonte de crédito para o setor privado como a única (pelo menos até a entrada em operação do BNDE).”
(VIANNA, 1987, p. 74)
Inicialmente o BNDE concentrava a maioria dos seus investimentos em infraestrutura, mas com a criação de estatais, o Banco pode investir mais na iniciativa privada e na indústria. Durante a década de 60, o setor agropecuário e as pequenas e médias empresas passaram a se beneficiar com linhas de financiamento do BNDE.
A partir de 1964, o Banco já começava a se expandir por outras regiões do país, abrindo escritórios regionais em São Paulo, Recife e Brasília. Além disso, passou a operar em parceria com uma rede de agentes financeiros credenciados espalhados por todo o Brasil.
Em 1971, uma grande transformação ocorre no BNDE quando ele se torna uma empresa pública. A mudança possibilitou maior flexibilidade na contratação de pessoal, maior liberdade nas operações de captação e aplicação de recursos e menor interferência política.
O Banco, nos anos 70, foi uma peça fundamental na política de substituição de importações. Os setores de bens de capital e insumos básicos passaram a receber mais investimentos, o que levou à formação do mais completo parque industrial da América Latina. Além disso, começa a se investir em segmentos como a informática e a microeletrônica.