Biomaterial - profa glória
Como característica imprescindível, estes materiais devem ser biocompatíveis, ou seja, devem atender ao requisito de funcionabilidade para o qual foram projetados, não estimulando ou provocando o mínimo de reações alérgicas ou inflamatórias. Embora este conceito seja algo não muito preciso, é consenso que a funcionabilidade está associada à aplicação a que se destina, de tal modo que um material biocompatível para uma dada função pode ser inadequado se usado em outras aplicações.
Com isso, é conveniente agrupar os materiais pelo campo de aplicação a que se destinam, ao invés de usar a classificação tradicional em termos de propriedades gerais que eles apresentam. Classicamente as aplicações são divididas em três grupos que se destinariam à substituição de tecidos moles; substituição de tecidos duros e materiais para sistemas cardiovasculares.
A seleção de um material biocompatível deve iniciar com a identificação das propriedades requeridas para a aplicação em questão. Como essas propriedades são extremamente sensíveis a variações da estrutura do material em escala micro ou nanométrica, é fundamental que se tenha um entendimento de como se correlaciona a microestutura com as propriedades desejadas. A partir desse conhecimento que é a base da Ciência dos Materiais, pode-se pensar em “engenheirar” um material, que significa escolher ou projetá-lo para atender ao comportamento esperado. Também pesam na seleção de um material, fatores como tecnologia envolvida na produção da matéria prima e do componente, disponibilidade e custo dos insumos, entre outros, que influem no preço final da peça.