Biologia
Parte da tese de Doutorado em Agronomia - Produção Vegetal - UFPR Doutora em Produção Vegetal - UFPR; Professora do Departamento de Saúde Comunitária - UFPR e-mail: erselpo@ufpr.br 3 Doutora em Ecologia; Professora do Departamento de Botânica, Laboratório OIKOS - UFPR
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Recebido em: 01/2004
Aprovado em: 04/2004
1 INTRODUÇÃO O gengibre (Zingiber officinale Roscoe - Zingiberaceae) é uma planta herbácea perene, cujo rizoma é amplamente comercializado em função de seu emprego alimentar e industrial, especialmente como matéria-prima para fabricação de bebidas, perfumes e produtos de confeitaria como pães, bolos, biscoitos e geléias, e popular medicinal (excitante, estomacal e carminativo) (DAHLGREN et al., 1985; JOLY, 1985; CORRÊA JUNIOR et al., 1994; TROPICAL, 2000; INFORMAÇÕES, 2002). Várias propriedades do gengibre foram comprovadas em experimentos científicos, citando-se as atividades anti-inflamatória, antiemética e antináusea, antimutagênica, antiúlcera, hipoglicêmica, antibacteriana entre outras (KADA, 1978; NAMAKURA e YAMAMOTO, 1982; NAGABHUSHAN et al., 1987; CHEEMA et al., 1988; BONE et al., 1990; YOSHIKAWA et al., 1992; YOSHIKAWA et al., 1994; ONTENGCO et al., 1995; LONIEWSKI et al., 1998; WHO, 1999; UTPALENDU et al., 1999). A cultura do gengibre tornou-se efetivamente comercial no Estado do Paraná somente nas últimas décadas, após introdução de variedade de rizomas gigantes por agricultores japoneses (TAVEIRA MAGALHÃES et al., 1997). Atualmente, o Paraná desponta como o maior produtor nacional de gengibre (rizomas “in natura”) totalizando 3.945,00 toneladas/ano. Esta cultura ocupa uma área aproximada de 201 ha, englobando 26 municípios produtores. Incluído, no grupo “Especiarias”, o valor bruto de produção agrícola (VBP) safra 01/02 totalizou R$ 3.353.250,19 (PARANÁ,