biologia
Simultaneamente ao surgimento de certas organizações no interior da sociedade civil, caracterizadas pela promoção de ações de natureza privada com fins públicos, diferentes denominações passaram a ser dadas às mesmas. Alguns exemplos são: organizações voluntárias, organizações não-governamentais (ONG’s), organizações sem fins lucrativos, setor independente, terceiro setor.
Segundo SIMONE COELHO (2000), “essa multiplicidade de denominações apenas demonstra a falta de precisão conceitual, o que, por sua vez, revela a dificuldade de enquadrar toda a diversidade de organizações em parâmetros comuns”.
Os contornos deste espaço muitas vezes não estão bem definidos sequer para os diversos agentes que o compõem. Fernandes (1994) atesta esta indefinição: “A própria idéia de um terceiro setor está longe de ser clara na maioria dos contextos. Torná-la clara é tanto uma tarefa intelectual quanto prática, já que não fará sentido a menos que um número expressivo daqueles envolvidos venha a considerá-la uma idéia significativa”. No entanto, essa imprecisão do setor não é razão para menosprezarmos sua importância e atuação no contexto das sociedades civis e das economias globais. Mas, ao contrário, para Ruth Cardoso (1997), “hoje estamos ainda na etapa de afirmação de uma novidade, o que implica enfatizar sua autonomia e relevância”.
Essa mesma obscuridade no tocante à conceituação do Terceiro Setor também o cercou no que se refere ao seu conhecimento funcional. Entretanto, essa indefinição não impediu que as organizações do Terceiro Setor se proliferassem no Brasil. De acordo com Falconer e Fischer (1998), nos últimos 15 anos houve um aumento quantitativo e de tipos dessas organizações. Este incremento tornou ainda mais complexa a tarefa de conceituação do setor, em virtude da diversificação que o acompanhou. “Desta forma, o
Terceiro Setor foi se ampliando sem que este termo, usado para designá-lo, seja
suficientemente