Biologia SOCIEDADE E AMBIENTE
A fronteira, natureza e sociedade, são relativas.
A natureza antecede as sociedades, dando condição necessária para a existência e desenvolvimento social. No plural: os ambientes e as sociedades interagem e modificam-se (Leonel 1998). A relação dialética Ambiente-Sociedade forma um sistema de fluxos e processos únicos, onde fenômenos de ambos se influenciam mutuamente. A fronteira, natureza e sociedade, são relativas, suas relações são algo inalienável aos seres humanos, é condição de vida, sobrevivência e cultura.
Os alimentos, de caça e coleta, a beleza inspiradora das paisagens, as intermitências climáticas, a matéria prima para artefatos, os elementos simbólicos, são riquezas, proporcionados pelo fluxo vivo da natureza, que possibilitaram o desenvolvimento e transformações plurais das mais diversas culturas na humanidade; cada uma se relacionando à sua maneira com o ambiente, para obter determinado fim, “(...) valendo-se, antes de tudo e sobretudo da mão” (Engels, 1976), do trabalho manual objetivado numa determinada realidade – fato considerado por Engels, uma diferença básica, mas não excludente, entre o Homem e o Animal.
O movimento de contínua mudança no ambiente foi acelerado pela intervenção do homem conforme a cosmologia de cada grupo humano. Os aspectos subjetivos construídos socialmente - por exemplo: como se vêem em relação à natureza e qual a noção, significado que dão a determinados elementos naturais, e como estes irão se integrar no espaço cotidiano - é que conduziram e conduzem os métodos e formas de conhecimento, apropriação e integração com o ambiente.
Esta relação dialética Homem –Natureza cria uma natureza artificial, e é aqui que insurgi as problemáticas ecológicas e as questões éticas, pois dependendo de como conduzem esta relação substancial, pode ameaçar seriamente - seja no futuro e/ou no presente - as condições de vida e sobrevivência digna, de um grupo ou dos seres humanos como um todo,