Bioeticista defende a legitimidade da interrupção da gravidez em caso de anencefalia
Aluno: Alex Sander Alves dos Santos
Torres - RS
2012
Aluno: Alex Sander Alves dos Santos
Bioeticista defende a legitimidade da interrupção da gravidez em caso de anencefalia
Trabalho apresentado ao Curso de
Saúde Bioética e sociedade, como parte das exigências do curso, orientado pela Professora
Maria Amélia longo.
Torres - RS
Bioeticista defende a legitimidade da interrupção da gravidez em caso de anencefalia
Dilemas morais inevitavelmente causados a partir da certeza do diagnóstico de gravidez de feto anencéfalo levam a sociedade a refletir sobre a moralidade da interrupção da gravidez nesta circunstância. Para o bioeticista Fermin Roland Schramm da Escola Nacional de saúde Pública (ENSP), a interrupção da gravidez é justificável e possui amparo filosófico que a legitima. Via de regra ninguém faz aborto como se troca um sapato. É sempre algo complicado e problemático para a mulher e para o casal. Mas, não admitir o aborto significa obrigar uma pessoa a levar adiante uma relação que ela não aceita. De fato, quando a mulher engravida, podem acontecer duas coisas. Pode começar a estabelecer uma relação com o outro que está dentro dela ou pode não aceitar esta relação. Se a aceitar, a relação vai se aprofundando e, desta maneira o outro que está dentro dela se torna um tu. No caso de um anencéfalo, esta relação não se concretiza por que este outro é ausente. É neste ponto que a interrupção da gravidez se justifica. Para evitar traumas em alguém que vai continuar a viver (a mulher) considero que o interesse da gestante tem prioridade sobre um potencial interesse do feto anencéfalo visto que o interesse deste nunca será um interesse atualizado porque certamente vai morrer. Portanto, esta é uma situação clara de conflito entre um suposto interesse potencial do anencéfalo em sobreviver e o interesse atual da gestante, a qual não