Biocombustiveis
Obtenção: O processo de produção do biocombustível envolve quatro etapas (ver Figura). Na primeira, o óleo vegetal, após ser usado em frituras, é armazenado em garrafas PET ou tonéis pelos moradores e comerciantes da cidade. A segunda etapa é a coleta do óleo pela equipe do IMCA (Instituto Morro da Cutia de Agroecologia), que hoje apóia o processo.
A terceira etapa é o processamento do óleo, que é dividido em cinco estágios: i) coloca-se o óleo coletado em um tanque para que as impurezas sólidas contidas nele decante; ii) retira-se o óleo do tanque; iii) mistura-se água ao óleo para dissolver o sal e o açúcar contidos nele; iv) ferve-se o óleo por alguns minutos para eliminar a água; v) como nem toda a água é eliminada nesse estágio, filtra-se o óleo com bombas equipadas com filtro prensa.
A quarta etapa é a conversão dos motores a diesel para receber o óleo vegetal processado. Nessa etapa, que distingue esse processo daquele de produção de biodiesel (em que se acresce soda cáustica ao óleo vegetal para diminuir a viscosidade dele), é instalado um kit, também desenvolvido por Paulo Lenhardt, no motor do veículo que utiliza a água quente que circula em seu radiador para aquecer o óleo vegetal até o ponto em que a viscosidade dele se equipare a do diesel convencional. Este sistema requer a instalação de um tanque de combustível adicional para o biocombustível.
A partida do veículo é dada com diesel e, depois do motor aquecido (o que leva de 5 a 10 minutos), o motorista aciona um interruptor instalado no painel do veículo que troca a alimentação de combustível para o óleo vegetal. O acionamento do interruptor pode ser feito