bibliografia de filósofas

3098 palavras 13 páginas
Aspásia de Mileto (c. 470-400 a.C.)
Amante de Péricles, de quem teve um filho. Pelo facto de Aspásia ser originária de Mileto, o seu filho, também chamado Péricles, ficou muito tempo arredado da participação cívica, uma vez que para se ser cidadão de Atenas, era exigido que ambos os progenitores fossem atenienses.
Aspásia é citada numa enciclopédia bizantina do século X (Suda), onde lhe é reconhecida habilidade e inteligência com as palavras, sendo classificada como sofista e professora de retórica, dizendo-se, inclusivamente, que influenciou Péricles nas suas intervenções públicas.
Há investigadores que creem que Aspásia fundou uma escola para mulheres aristocratas e que o método socrático seria invenção sua.
Foi muito influente no círculo filosófico e político de Atenas, tendo promovido reuniões literárias e participado nas discussões políticas da época. Foi objeto de inúmeras sátiras, em virtude da sua vida privada e da sua influência política. Acusada de ter incitado Péricles a esmagar Samos e a provocar a guerra com Esparta (Guerra do Peloponeso), acabaria, no entanto, por ser absolvida da acusação de impiedade. O filósofo socrático Aeschines evocou-a deferentemente num diálogo a que deu o seu nome.

Hipátia de Alexandria (c. 370-415)
Filósofa neoplatónica, natural de Alexandria (Egito), a quem é atribuída a designação de primeira mulher matemática. Teve uma educação cuidada, que incluiu arte, ciência, literatura e filosofia. Recebeu informação sobre diversas religiões, sendo que nunca aderiu a nenhuma crença. Foi equiparada, na sua genialidade matemática, a Ptolomeu, Euclides, Diofanto e Hiparco.
Consta que desenvolveu estudos sobre a álgebra de Diofanto e alguns comentários sobre os matemáticos clássicos. Em colaboração com o seu pai, terá escrito um tratado sobre Euclides. Através das cartas que trocou com Sinésio de Cirene, seu aluno, ficou a saber-se que terá inventado alguns instrumentos de astronomia e física. Contudo, do seu trabalho pouco

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