berilio
História
O nome berílio advêm da palavra grega beryllo, berilo, que designa o mineral onde este elemento se encontra na natureza. O Berílio foi também designado por glucínio, proveniente da palavra grega glykys que significa doce, visto os seus compostos solúveis possuírem um sabor adocicado. O berílio foi descoberto em 1798 por um químico francês, Louis Nicholas Vauquelin, em Paris, no mineral berilo (Al2Be3Si6O18). No entanto, Vauquelin não conseguiu isolar o metal puro, mas obteve-o somente na forma de óxido. Só mais tarde, em 1828, o berílio foi pela primeira vez isolado, através da redução do cloreto de berílio com potássio metálico, por dois cientistas, o alemão Friedrich Wölhler e o francês Antoine-Alexandere-Brutus Bussy, de forma independente.
A história do berílio está também associada à descoberta do neutrão, uma partícula desconhecida até 1932, quando o físico inglês James Chadwick a identificou pela primeira vez, submetendo uma amostra de berílio a radiação alfa, trabalho pelo qual recebeu o Prémio Nobel em
1935.
Abundância
Crosta terrestre: 2.6 ppm
Oceano: 0.2 ppt
Sistema solar: 14 (relativo a H × 1014)
Como é encontrado
O berílio é encontrado na natureza em mais de 30 minerais diferentes, sendo as principais fontes o berilo Be3Al2(SiO3)6, a bertrandita (Be4Si2O7(OH)2), o crisoberílio (BeAl2O4) e a fenacite (Be2SiO4).
O berílio possui um único isótopo natural, o 9Be, o qual não é radioativo. A interação dos raios cósmicos com a atmosfera terrestre pode produzir o isótopo 10Be. Este berílio atmosférico é arrastado pela água da chuva, ficando assim armazenado no solo, até à sua desintegração (tempo de meia vida de 1,5 milhões de anos). Pela análise da quantidade deste isótopo nas calotes polares e nos sedimentos marinhos foi possível estudar a forma como o escudo magnético da Terra evoluiu ao longo do tempo, pois quanto mais forte este for menos radiação atinge a atmosfera e menor a