Benevolo Cap7 Veneza E Bruges

História da Cidade – Capítulo 7, pág. 285 à 324

Veneza
Veneza possui características singulares em relação a sua geografia e, por consequência, seu desenvolvimento econômico e histórico. Sobre lagunas, entre a Foz de Pó e do Tagliamento, havia um ambiente protegido, nascendo diversas ilhas com centros habitados, entre elas, destaca-se Veneza que se comunica com o mar através de vários canais, mas o maior e principal é conhecido como Canal Grande e atravessa a cidade no formato de um S.
Veneza estava recoberta por uma laguna, formando um espelho d’água interno com águas mais calmas que em sua envoltória encontrava-se o mar com águas mais agitadas.
Na Foz do Canal Grande situava-se o centro político e no meio dele, o centro comercial. Tais centros, em linha reta eram próximos e nesse núcleo encontra-se o Sexteiro de São Marcos- uma das partes em que estavam divididas algumas cidades italianas. Veneza também possuía centros secundários dentro de sua massa urbanizada marcadas por igrejas paroquiais e espaços abertos (os campos) com cisternas para ajuntar água. Próximo ao mar, encontravam-se os estaleiros para construção de navios.
Os principais edifícios estão traçados entre o fim do séc. XI e início do séc. XII. São eles: A Basílica de São Marcos (1060); Os dois mercados de Rialto às margens do Canal Grande unidos por uma ponte (final do séc XI); Palácio Ducal que sofre incêndio e é reconstruído em pedras em 1105.
No séc. XIII estabelece-se o organismo político e o ambiente físico das cidades. Abre-se uma praça em L entre o palácio e a basílica e nessa direção formam-se lojas em novos edifícios. Projeta-se uma segunda ponte de Rialto em madeira e móvel no meio. Nas zonas periféricas em 1330, dominicanos e franciscanos constroem grandes Igrejas como a de São João e São Paulo.
Uma terceira ponte do Rialto é construída – de pedra, em 1592. Palladio, realiza duas grandes igrejas periféricas, a de São Jorge e a do Redentor.
Para manter a integridade da laguna,