Belo monte
A primeira questão que emerge diz respeito à premência de Belo Monte, ou seja, a usina é indispensável para o desenvolvimento econômico do país?
Do ponto de vista do balanço energético do país, a resposta é não, dado que a energia que será gerada por ela poderia ser suprida por outras novas usinas. Porém, outra questão mais intricada e de difícil remate que se coloca é se a hidrelétrica do rio Xingu seria desejável.
Do ponto de vista estritamente econômico, Belo Monte é interessante, pois produzirá um volume expressivo de energia a baixo custo, devendo contribuir para reduzir o preço da energia no país.
Além disso, traria benefícios à região, como a ampliação do dinamismo dos municípios na área de influência do projeto e aumento da arrecadação de impostos, que poderia ser revertido em prol da população.
É bem verdade que uma série de medidas socioambientais será implementada, com vistas a atenuar os impactos da construção da usina, e que seu projeto não prevê o alagamento de grandes áreas.
A superfície alagada por Itaipu (PR), por exemplo, é de 1.560 km²; a de Sobradinho (BA), de 4.214 km². A comparação com o desmate na Amazônia é mais dramática -foram 6.238 km² entre agosto de 2010 e julho de 2011.
Contudo, é inegável que, na ótica ambiental, a usina trará impactos negativos: alagará uma área de 516 km², reduzirá o volume de água em trechos do rio Xingu e interferirá na migração e na reprodução de peixes.
Deve-se levar em conta ainda que, no aspecto social, a construção envolverá a migração de grande contingente de pessoas para a região, além do fato de que a usina será construída nas proximidades de áreas indígenas.
Porém, quando se analisam as alternativas, Belo Monte pode se mostrar mais atraente. Para gerar o mesmo volume de energia, a alternativa