Behaviorismo
O Behaviorismo radical surgiu no Brasil em 1961 com a chegada de Fred Keller em nosso país. Keller veio para o Brasil graças a Myrthes Rodrigues do Prado, sua ex-aluna na Universidade de Columbia, que pediu ao Dr. Sawaya permissão para convida-lo a dar aulas na USP. Keller lecionou por um ano sobre psicologia experimental e psicologia comparada e animal, onde ministrou disciplinas que enfatizavam o treino de técnicas experimentais que eram sustentadas pelo rigor teórico e conceitual da análise do comportamento, baseado nas teorias de B.F Skinner. Keller tinha um grande interesse por Descartes e durante a disciplina de psicologia experimental mencionou Pavlov, Watson, Skinner e dizem que a contragosto Thorndike. Entre os alunos de Fred Keller estava Isaias Pessotti, importante figura para a história da psicologia brasileira. Keller foi um importante divulgador da análise do comportamento não apenas nos Estados Unidos, mas também em vários outros países. Keller trouxe consigo livros, equipamentos e exemplos de aplicações práticas, gerando os primeiros trabalhos de analistas do comportamento. Em 1962 foi substituído na USP por John Gilmour Sherman.
Outro ponto importante para o behaviorismo no Brasil foi a criação do departamento de psicologia da UnB em 1963. Carolina Bori a convite do professor Darcy Ribeiro recebeu a missão de organizar o departamento de psicologia, convidou Rodolpho Azzi, Gil Sherman e Fred Keller para participar da criação desse departamento. Foram para os EUA para compra de livros, equipamentos e para visitarem os laboratórios e discutirem com Keller o projeto do curso de psicologia na UnB. Para Keller era necessária uma reforma institucional, fundamentada em pesquisas da análise experimental do comportamento. A análise do comportamento chegou ao Brasil como ciência pura e aplicada.
Em 1966 o livro Principles of Psychology – A System de Fred Keller e William Nathan Schoenfeld se