BATUQUES, LUNDU E MODINHA SONORIDADES DA DIÁSPORA NEGRA

BATUQUES, LUNDU E MODINHA SONORIDADES DA DIÁSPORA NEGRA

JONAS RODRIGUES DE MORAES ⃰

RESUMO:
As células rítmicas dos batuques, lundu e modinha são fundamentais para compreender os impactos da diáspora negra no Brasil. A partir desse postulado, entende-se que em parte, a construção do cancioneiro popular brasileiro se deve a presença musical africana. Por mais que a historiografia da música enfatize as contribuições dos africanos para a música popular brasileira no período da colonização e no império os negros eram frequentemente perseguidos por causa da realização de suas festas. Nesses eventos festivos predominavam os batuques, termo que serviu para designar a dança de umbigada, e o uso dessa expressão foi fruto de uma ignorância linguística de historiadores e de escritores antigos. Outra abordagem pertinente nesse estudo trata-se do lundu, modinha e baião sonoridades da diáspora negra que se tornaram importantes para constituição do repertório estético brasileiro.
PALAVRAS-CHAVE: batuques, lundu, modinha, diáspora negra.

“A negrada caindo na folia
Esquecendo da mágoas sem lundu”
(GONZAGA JR., 1968)

Diáspora e deslocamentos dos sons negros

Ao escutar a canção acima “Festa” de autoria de Luiz Gonzaga Jr. (Gonzaguinha) percebese os arranjos e ritmo de maracatu. A referida música fez parte de uma das faixas do “LP Canaã –

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RCA Victor” de Luiz Gonzaga, sanfoneiro negro do Araripe, alcançou enorme sucesso na sua voz
Doutor em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), professor da Faculdade do
Médio Paranaíba (FAMEP), leciona história e artes no ensino fundamental e médio da rede pública estadual do Piauí e municipal de Caxias-MA. Membro do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos Culturais: Histórias, Memórias e
Perspectivas do Presente (PUC/SP) e integrante do Cineclube Olho Mágico da Associação dos Docentes da
Universidade Federal do Piauí (ADUFPI). E-mail: [e-mail].

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