Bastomicose
A Blastomicose Sul Americana, também conhecida como Blastomicose brasileira, Paracoccidioidomicose ou moléstia de Lutz, foi observada pela primeira vez no Brasil em 1908, por Adolpho Lutz, , num trabalho intitulado "Uma mycose pseudococcídica localizada na boca e observada no Brasil (contribuição ao conhecimento das hifoblastomicoses americanas)".
Quatro anos mais tarde, Splendore descreve três novos casos da doença e estuda minuciosamente a morfologia do parasita: identifica-o ao descrito por Lutz e denomina-o Zymonema brasiliensis (zimonematose com localização na cavidade bucal). Em 1930, Almeida, ultimando trabalho iniciado 3 anos antes sobre a biologia e morfologia do parasita, estabelece sua diferenciação do Coccidioides immitis Rixforde e Gilchrist, 1846, agente da doença de Posadas-Wernicke, revalida a espécie de Splendore, até então confundida com aquela, e cria novo gênero para brasiliensis, que desde então passou a se chamar Paracoccidioides brasiliensis (Splendore, 1912).
É uma doença relativamente incomum causada por um fungo dimórfico conhecido como blastomyces dermatitidis. Apesar de raramente ser isolado em seu habitat natural, o microrganismo parece preferir solos produtivos, úmidos, onde cresce como um mofo. Muitas das regiões em que ele se desenvolve coincidem em parte com o território associado ao H. Capsulatum (afetando a metade oeste dos Estados Unidos). Entretanto, os limites da blastomicose estendem-se para além do norte. Casos esporádicos também têm sido relatados na África, índia, Europa e América do Sul.
Em termos de comparação, a histoplasmose parece ser pelo menos 10 vezes mais comum do que a blastomicose. Em diversas séries de casos, observou-se uma predileção por adultos do sexo masculino, frequentemente com uma relação de homem para mulher de 9:1. Isso foi atribuído à maior frequência de atividade ao ar livre( por exemplo, caça e pesca) pelos homens em áreas onde os microrganismos crescem. A blastomicose é