barroco
O barroco acaba se proliferando, sobretudo no nordeste e no sudeste do país.
Nos primeiros 30 anos (1700 – 1730), os primeiros templos surgem como uma transplantação cultural, o estilo “nacional português’’, em que se utiliza modelos arquitetônicos e de peças construtivas e decorativas trazidas diretamente de Portugal e sem variações significativas na várias regiões.
Durante o século XVII a Igreja teve um importante papel como mecenas na arte colonial.
Aqui tudo ainda estava "por fazer". Por isso o Barroco brasileiro, apesar de todo ouro nas igrejas nacionais, já foi acusado de pobreza e ingenuidade quando comparado com o europeu, de caráter erudito, cortesão, sofisticado, muito mais rico e sobretudo branco, pois grande parte da produção local tem de fato uma técnica rudimentar, criada por artesãos com pouco estudo, incluindo escravos e muitos mulatos forros, e até índios. Mas essa feição mestiça, ingênua e inculta é um dos elementos que lhe empresta originalidade e tipicidade. Como observou Lúcio Costa:,
"Convém desde logo reconhecer que não são sempre as obras academicamente perfeitas... as que, de fato, maior valor plástico possuem. As obras de sabor popular, desfigurando a seu modo as relações modulares do padrões eruditos, criam, muitas vezes, relações plásticas novas e imprevistas, cheias de espontaneidade e de espírito de invenção, o que eventualmente as coloca em plano artisticamente superior ao das obras muito bem comportadas, dentro das regras do estilo e do bom gosto, mas vazias de seiva criadora e de sentido real".
Em território brasiliense o barroco sofre influências portuguesas, francesas, italianas e espanholas. Os religiosos ativos no país, muitos deles literatos, arquitetos,