Barroco
Acontece que quando a gente fala de estratégia e de investimento, independente do tempo que se leve para pagar, a gente tem de falar de retorno. Nenhuma empresa investe pesadamente em marketing, em TI, em qualificação profissional ou qualquer outra coisa se não souber que, de alguma forma, isso vai gerar retorno. É assim que o mundo capitalista funciona e não vejo problema em tratar a sustentabilidade desta forma. Caso contrário vira filantropia e seria um retrocesso ao modelo proposto.
Um dos jargões corporativos mais usados para falar de retorno é o tal do ROI (return on investment), sigla que foi pega emprestada da galera de finanças e hoje é amplamente usada no dia-a-dia das outras áreas. Quando o ROI saiu das finanças e começou a povoar as mentes de pessoas que não pensam apenas em números, foi um baita burburinho principalmente porque a metodologia usada depende de informações unicamente numéricas e o resultado nada mais é do que um dado financeiro.
Não apenas do ponto de vista da sustentabilidade, mas mesmo de outras áreas como o RH, por exemplo, é extremamente complexo quantificar um retorno que é qualitativo. É claro que há indicadores mais tangíveis, principalmente quando se trata da parte ambiental, como redução de custos energéticos, consumo de matéria prima, reaproveitamento de resíduos ou transporte.
Mas e quando o retorno a ser avaliado é sobre um investimento cujo resultado não gera aumento de venda ou redução de custo? Como